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Olhar Omitido

Um poço sem fundo
Todos o olham
todos sabem de sua existência.
sabem o quanto precisam de ajuda.
Por que ninguém estende a mão?
Minhas frágeis mãos estão estendidas,
sempre estão
mas, sou incapaz de cuidar desse fardo
Preciso de ajuda, tanto quanto eles.
Preciso gritar para o mundo o que está acontecendo
como se ele não soubesse.
a desgraça alheia tornou-se cotidiana
Todos sabem os problemas que cercam o mundo
mas fingem não enxergar.

Utopia

Sonho com um mundo onde não haverá luta pelo poder

Onde todas as crianças terão o que comer

Um mundo onde a impunidade não existe

Onde o valor das coisas não esta no dinheiro,

Nem nas aparências...

Onde todas as pessoas terão onde morar

Onde todos vamos cultivar a esperança

Onde a corrupção não terá vez

Onde o respeito será a única lei

Onde tudo seria de todos

Onde todas a culturas seriam uma só

Onde as pessoas deixariam seu egoísmo de lado

E começariam a perceber

Que podem sim mudar as coisas

E passariam a dizer NÃO.Não a guerra, não a fome,

Não ao abuso, não a violência...

Não, Não e Não!



Texto: Renata

O Som Surreal

Já cansada de andar debaixo daquele sol escaldante;
Cansada de pensar em coisas há serem feitas;
Cansada de sonhar sonhos impossíveis;
Cansada de ouvir o barulho da avenida;
Cansada de ficar quieta, estava sozinha.
Cansada de olhar, semáforos e pessoas andando
aparentemente sem direção, porém, todas com pressa.
Ninguém olha para mim,
ninguém abre um sorriso.
Sozinha.
Todos são iguais, andando em massa com um destino,
desesperados, olham o relógio a cada cindo segundos.
Bonequinhos de um mundo moderno
Ninguem se olha na rua,
Todos desconfiam de todos.
Cansada, cansada de ver tudo aquilo, olhei para o céu
o sol forte dificultava minha visão.
O céu estava azul, sem nenhuma nuvem.
O caminho ingrime que subia, tornou-se plano,
renovando meu horizonte.
Entrei finalmente na rua de minha casa,
os barulhos provenientes da avenida aos poucos sumiram de meus ouvidos,
O sossego reinava aquele lugar, dando espaço a minha mente
novamente se perder em pensamentos,
enumerar mais uma vez os deveres a fazer.
E foi aí que ouvi, do edifício ao meu lado, uma melodia
tão doce, profunda.
Aquele som invadia minha mente, fazia-me sair de mim
Algo abstrato, mas que tocava com tal força e intensidade
Que eu sentia as notas seguintes de dentro do meu coração.
Era o som de um saxofone, preenchendo o silêncio daquele lugar.
Prestei atenção naquelas notas,
reduzi a velocidade de meus passos
Não queria me distanciar daquele timbre maravilhoso
que ocupava minha mente de forma surreal,
fazendo-me esquecer de problemas,
relembrando apenas o que valia a pena.
Sempre ao subir aquela avenida,
independente do tempo que esteja,
das milhares de coisas que tenho para fazer,
só tenho capacidade de lembrar daquela música,
torcendo os dedos para quando chegar na rua da minha casa
ser preenchida por aquela canção.

Texto: Elaine e Ítala.

A minha liberdade termina onde a sua começa
O homem só quer saber de defender os próprios interesses. Esquece-se do próximo, esquece-se de fazer o bem a si mesmo. Vive-se por dinheiro, trabalha escravizando-se para pagar seus impostos.
Procura-se por luxo. Glamor. Facilidade.
Deseja-se tanto encontrar a tão sagrada felicidade, que esquece-se daquilo que está a sua frente. vive-se como louco, lunático, com medo de tudo, com medo de todos.
Um sempre a mandar no outro.
Sortudos aqueles bobos e crianças, jovens inocentes, que não conhecem, ainda, as injustiças que o mundo lhes despertam. Sortudos aqueles bebês que sorriem felizes.
Felicidade é assim, os sorrisos simplórios escondidos nos lábios dos pequenos.



Texto: Ítala
Desenho: Elaine

Ironia do Destino


Entre duas avenidas principais
de uma região urbana
extremamente habitada e movimentada,
onde todos são submissos aos ponteiros,
o sol não bate mais nas ruas
os arranha-céus deixam a avenida sombreada.
Há lixo jogado no chão,
vitrines chamativas,
letreiros de todos os tamanhos possíveis,
pessoas que brotam de todas direções,
ônibus transbordados,
buzinas,
músicas,
sirenes,
pombos.
Não há terra, árvores,
muito menos ar puro.
A chuva há muito tempo tornou-se ácida.
Finais de semana deixaram de ser sinônimo de sossego
naquela região essa palavra não existe.
Dentre tanta presença, o que ninguém observa
é que no meio dessas duas avenidas,
no vão da calçada a rua
uma flor tenta se firmar em um mínimo espaço de terra,
ela criou forças,
brotou um caule,
agora é um botão.
Mas, ninguém dessa região, tem tempo para reparar
nesse pequeno e frágil milagre.



Texto: Elaine.
Desenho: Ítala.

Grão na Multidão

Pra filho mal educado

existe chinelo

Para roupa suja

existe água e sabão

Para cabelo despenteado

existe escova

Para solidão

Existe a amizade...

Na amizade,

existe a união

Essa união pode fazer a diferença.

Assim como aquele filho mal educado

com roupa suja,

cabelo despenteado,

e sozinho...

Sozinho porque ainda não abriu os olhos

para ver a importância de sua existência.



Desenho: Rodrigo.

Texto: Elaine.

É o Começo.

A maior fonte de inspiração
É proveniente daquelas horas vagas
Onde o silencio devasta o lugar
Dando espaço a seu corpo e alma
Assim capaz de levar imaginação bem longe da realidade
Longe da realidade...
O único lugar possível de se ver a beleza
A beleza que procuramos em todas as formas
Que vemos monotonamente todos os dias
Percorrendo todas as ruas
Atrás de um som que não seja de automóveis
Atrás de um perfume que nada fornece
Atrás de uma vida inexistente.

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Ainda explicaremos com mais detalhes, o que vem a ser o Gebismo, aguardem